Essa gigante, ousada e revolucionária mudança no meu vocabulário aconteceu hoje, pra ser bem sincera, enquanto pensava na palavra “decisiva” e em como a utilizamos em nossas vidas.
Era janeiro de um ano qualquer, você recebeu uma proposta incrível de emprego em outro país, mas você tem uma carreira sólida na empresa atual e a sua vida está aqui. Sem dúvidas, esse é um momento “decisivo” da sua vida, certo? Ir ou ficar. Casa ou mundo. Cômodo ou tentar.
Mas porque decisivo? Você pode decidir ir, mas não gostar e querer voltar. Ou você pode ir, adorar, ficar por um ano e ir pra outro país. E aí, o seu momento não foi decisivo? Eu relaciono a palavra decisivo com definitivo. Mas as nossas decisões não são definitivas, nada é para sempre. A gente tem o direito de errar, de mudar de ideia. Não precisamos nos prender em um “momento decisivo”.
Eu diria que essas decisões foram transformadoras.
Foi um momento transformador. Não decisivo.
A gente tem a mania de achar que tudo o que fazemos é algo definitivo, temos medo de voltar atrás, medo de ir pra frente. Você teve uma decisão importante e passou por algo transformador. Você aprendeu, mudou, evoluiu, você e a sua vida se transformaram. Mas não decidiram nada em definitivo. Certo?
Eu sei, é só um detalhe, mas quando começamos a encarar as nossas decisões e mudanças como transformadoras ou como aprendizados, ao invés de algo sem volta, a vida fica mais leve.
O medo de mudar diminui e a vontade de se transformar aumenta.