Contei sobre a minha viagem pro Universo Paralello e não podia deixar de contar sobre a minha experiência no Festival Mundo de Oz agora no feriado de Tiradentes.
Vamos lá… O UP foi meu primeiro Festival e como vocês viram, eu amei. Tinha falado pro Bruno que queria ir ao Oz em Janeiro, mas a gente enrolou, terminamos o namoro e depois de um tempo eu fiquei a fim de ir de novo. Mas não tinha ninguém pra ir comigo, aí vi outro Festival em Maio – o Respect. Fui falar com as pessoas confirmadas no evento e a friend Mariana falou que ia ao Oz – comprei o Oz. Depois de um tempo ela disse que não poderia ir, mas eu ia do mesmo jeito.
Bom, de última hora o Bruno decidiu ir, então nos encontramos e acabamos vivendo mais uma experiência juntos, independente do rumo que as nossas vidas tinha tomado. Foi realmente uma pausa na realidade.
Chegou o domingo antes do feriado e eu fui arrumar as malas. Pensei: “Ah, é um festival menor, nem preciso me preocupar muito, vou levar basicamente o que levei pro UP”. Só que a anta aqui esqueceu que o UP foi na Bahia, na praia, no verão, no calor, no forno. O Oz seria no interior, na natureza, no verde, NO FRIO DA NOITE. Levei um lençol, zero blusas de frio e uma calça que era a mesma coisa que um guardanapo.
Adivinha se passei frio à noite? Eu tremia de frio!!! Nesse momento que eu agradeci pela presença do Bruno, que pôde me abraçar. Sério que isso foi essencial, senão eu ia congelar.
Enfim, eu ia de carona com um amigo, mas não rolou de última hora e meu papito querido me deixou ir de carro, grazadeus. Pouco mais de duas horas até lá, mais uma hora em estradas de terra pra encontrar o estacionamento do Festival e chegamos! 120 pila de estacionas + 30 pila de translado do estacionamento até o Festival, que dava pouco mais de 3km. Carregando mala e barraca nas costas? Tô fora, partiu translado! (plow, facada)
Fomos na quinta, o festival começou na quarta, então tudo já estava cheio. Pegamos um lugar no fim do camping, mas era um lugar decente. Tinha gente que achava longe de tudo, mas depois do que eu andei no UP nada é tão longe.

Já chegamos num calor do capeta, montei a barraca (dessa vez levei a menor, que monta sozinha, da Quechua, BEM MAIS PRÁTICO, obg) e coloquei o biquíni já logo suando que nem uma porca. Fui pra cachoeira e conhecer o lugar todo, era tipo um sítio. Uma delícia!! Tinham duas quedas de cachoeiras onde o acesso era liberado pra todos… Tinha bastante gente em todo canto, já que era um festival, né… Mas nossa, que revigorante dar um mergulho naquela água gelada!
Dessa vez eram só dois palcos: o Chill Out e o Main Stage. Mas tinham outros espaços: um espaço pra crianças, um para apresentações, cinema ao ar livre a noite, um espaço de cura onde rolava uma música bem calminha e yoga, um gramado com sombra onde todo mundo tirava uma sonequinha (vulgo eu); na beira da cachoeira tinha uma área cheia de redes e bastante sombra… Era uma paz sem tamanho. Sem falar nas intervenções culturais e oficinas que rolavam o tempo todo. Muito mais cultura do que qualquer outra coisa – pelo menos pra mim. E não posso deixar de falar no meu lugar favorito de todos os tempos – a feirinha hippie! rsrs sério, eu amo! E por mim gastaria todo meu dinheiro ali mesmo. É tão lindo e gostoso… Amo tudo e todos.


Quando eu fui pro UP e não sabia direito o que encontraria, achava que seria muito mais ficar nas pistas fritando do que outra coisa, mas depois de conhecer o que é um festival eu praticamente esqueço essa parte, eu acabo me forçando a ir pras pistas porque sei que é bom demais, mas é muito mais tranquilo e gostoso ficar nessas áreas da paz. Quando eu fico lá deitada, na cachoeira ou no mar, curtindo a vibe do lugar eu não quero sair pra nada. É uma tortura voltar pra São Paulo.
Bom, resumindo: a maioria do tempo foi na cachoeira, chill out e gramadão. Ficávamos de vez em quando no Main Stage porque realmente os DJs estavam muito bons, principalmente no sábado à tarde, um tiozinho que devia ter uns 60 anos – Knox Box – sensacional; e um grupo que tocou no final da tarde de sexta – The Peaking Goddess Collective. Pelo menos foram os que a gente viu e amou.

A noite tocava um som que eu não gosto, hightech e dark, um trance bem acelerado, cheio de elementos no som… Acho muito pesado, não me agrada. Então, como sempre, a noite era a hora da naninha (pro meu sofrimento né, porque ô frio danado).
Era isso: de dia um calor infernal, dava 8 e pouco da manhã e você tinha que sair da barraca porque o sol já estava ardendo. (A gente pegou um lugar sem nada de sombra, nem a montanha ajudava). E a noite um frio danado… Como o Bruno ficou comigo, estávamos sem colchão, então dormíamos na terra dura e fria, com um lençol de meia tigela e umonte de roupa jogada por cima e por baixo com a esperança de esquentar um pouco. Mas quando o sol chegava… AAAAAAHHH QUE DELÍCIA
Pra comer lá era de boa, até porque eram poucos dias.
Lembra do meu famoso café da manhã do UP? Ele voltou!!! Bisnaguinha com atum, mas dessa vez com uma inovação – às vezes era Rap10 – HÁ! Enfim, meu café da manhã ou lanche da tarde era isso. Lá tinha um “restaurante” por quilo, então comi comida direitinho, além de crepes, hamburguers, lanches naturais ou não, dogão… De tudo mesmo! Experimentei quase tudo, menos os lanches veganos.

Basicamente foi isso. Um festival de muita paz, risada, descanso e frio a noite – risos chorando – eu indico a qualquer um. Afinal, lá tem de tudo: crianças, idosos, famílias, amigos, doidos, calmos, artistas… Realmente é uma junção de tribos, de culturas, um lugar sem preconceitos, onde cada um tem o seu mundo, o seu sentimento interno e uma vontade imensa de viver. E vamos que vamos pro próximo!

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